O mapeamento das massas d'água do Brasil foi executado com o propósito de gerar informações para subsidiar ações de planejamento e gestão do setor de recursos hídricos e integrar a base de dados do Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH). O dado de Massas d'Água do Brasil, componente da Base Hidrográfica Ottocodificada (BHO) da ANA, corresponde a um dado geoespacial vetorial que compreende os corpos d'água existentes no território nacional, tais como lagos e reservatórios. O dado é resultado da agregação dos seguintes dados: "Mapeamento de Espelhos d'Água do Brasil" e "Base de Dados de Reservatórios". Tais arquivos eram independentes até 09/2014 e sua responsabilidade de produção/atualização estava a cargo da antiga Superintendência de Gestão da Informação (SGI) e Superintendência de Planejamento de Recursos Hídricos (SPR), respectivamente.

O "Mapeamento de Espelhos d'Água do Brasil" foi um produto executado a partir de um convênio firmado entre o Ministério da Integração Nacional (MI) e a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME) com o apoio técnico da ANA por meio da antiga Gerência de Informações Geográficas (GEGEO/SGI). A identificação dos espelhos d'água ocorreu sobre imagens do sensor CCD/CBERS-2 adquiridas entre 2003 e 2006.

O mapeamento dos espelhos d'água foi publicado em sua primeira versão em 09/2011 e passou a ser atualizado com fluxo contínuo, semestralmente, sendo publicada uma nova versão na internet em março e setembro de cada ano no Portal de Metadados da Agência, com a inclusão dos espelhos d'água resultantes do enchimento de novos reservatórios, identificados sob demandas específicas e, atualização de atributos.

Já o Projeto "Base de Dados de Reservatórios" (Nota Técnica nº 024/2013/SPR/ANA) compreendeu o mapeamento de massas d'água de reservatórios efetuado em 2013 pelo Núcleo de Estudos Hidrológicos (NHI/SPR) a partir de sua identificação e digitalização sobre imagens de satélite, e incorporação de uma série de atributos, de natureza hidrológica, notadamente a disponibilidade hídrica.

Com a reestruturação organizacional da ANA implantada pela Resolução nº 2.020/2014 e ocorrida no final de 2014, ambas as bases citadas foram compatibilizadas pela Coordenação de Conjuntura e Gestão da Informação (CCOGI/SPR) sendo que, desde então, há uma única base de referência para o país que contempla todas as feições existentes nas anteriores.

Em setembro de 2014 foi alterada a denominação da base de Espelhos d'Água para Massas d'Água visando adequação às Especificações Técnicas para Estruturação de Dados Geoespaciais Digitais Vetoriais (ET-EDGV) definidas pela Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE).

A partir da publicação da versão 2016, sucessivas atualizações foram realizadas na base de massas d'água, que foi modelada em sistema de banco de dados espacial PostgreSQL/PostGIS. Estas atualizações contaram com a complementação e inserção de 23 novos atributos, redefinição manual do contorno de diversas feições, além da inclusão de cerca de 180 mil novas feições por procedimentos automáticos e manuais. As atividades efetuadas na atualização da base de referência de massas d'água do Brasil entre 2016 e 2019, de modo a constituir a nova versão 2019, bem como as estatísticas da base de dados, estão registradas em detalhe na Nota Técnica SPR nº 52/2020.

O Igam realizou um trabalho de recorte da base Massas d’água para atender ao Estado de Minas Gerais. O mapeamento inclui as massas d'água naturais (lagos, lagoas) e artificiais (reservatórios, açudes, represas), cursos d'água de margem dupla (representados através de polígonos) e reentrâncias do litoral brasileiro, como estuários, canais e baías.